11828588_372283162968816_7876287103276469030_nPor André Lucas de Carvalho.

“O conhecimento muda o mundo e evita a ignorância”

E assim chegou dezembro! O mês das luzes, dos abraços e das festanças também simboliza o combate social em torno da luta contra a Aids.

A diferença entre HIV e Aids é sutil, embora os dois termos ainda confunda muitas pessoas. A Aids é uma doença que se manifesta a partir da infecção do organismo humano pelo HIV, o Vírus da Imunodeficiência Adquirida. Muitos pesquisadores ainda buscam respostas mais precisas para a origem do vírus, embora se saiba que foi encontrado, em outras derivações, no sistema imunológico de chimpanzés e, somente na segunda metade do século XX é que se usou o termo propriamente dito, HIV/Aids.

Milhares de pessoas foram contaminadas pelo vírus após processos de transfusões de sangue, como o caso do sociólogo e ativista Betinho, irmão de Henfil, ambos munidos de uma doença hemofílica e que em tratamento adquiriram o vírus.

Outros artistas, com transmissões diferentes, também contraíram o vírus e logo após o diagnóstico, explicitaram sua sede de vida e de esperança na mídia. O cantor brasileiro Cazuza foi vítima do vírus e lutou bravamente pela própria sobrevivência. Dono de uma bela voz e de um número significativo de composições que perduram até hoje, descobriu a doença em 1987, mas só publicou a notícia em 1989, morrendo no ano seguinte. Charlie Sheen, ator de filmes memoráveis como “Os Três Mosqueteiros”, revelou em um programa de TV, agora em novembro de 2015 ser portador do vírus.

Por outro lado, um triste e alarmante fenômeno divulgado pelo Fantástico (TV Globo) no início deste ano preocupou algumas pessoas, como os frequentadores de saunas gays de São Paulo: o “Clube do Carimbo”, cujo objetivo é infectar o maior número de indivíduos com o vírus, causado por pessoas que não fazem tratamento e ainda se rebelam desta forma. Evidentemente, esta prática é um crime previsto pelo Código Penal e pode acarretar condenação e reclusão de até quatro anos.

O que eu leitor posso fazer para mudar, sobretudo, diminuir o índice de casos de infecção do vírus? Tenho responsabilidade a respeito do assunto? Se não há cura, por que preocupar-me com estes indivíduos? E ainda, como conviver com eles?

A resposta é simples! O conhecimento muda o mundo e evita a ignorância no sentido literal da palavra. Primeiro, a mudança começa no combate ao preconceito. Todos nós podemos conviver com o vírus e quem sabe, com pessoas portadoras do mesmo, por longos e longos anos. É importante saber que existem quatro principais formas de se contrair o vírus: a transfusão de sangue,  as relações sexuais, os materiais contaminados que perfuram a pele e ainda, na gravidez e na amamentação (a mãe pode passar o vírus durante o parto ou no ato de amamentar).  É preciso ter muita precaução para se chegar a um diagnóstico.

É difícil definir se o pior é adquirir o vírus e posteriormente desenvolver a doença, ou perceber a mediocridade de alguns em lidar com a questão. Ninguém escolhe ser soropositivo… a única opção , além do anseio pela descoberta da cura, é ter ainda mais vida, aspirada por uma ânsia de viver imensa.

Este é o tempo de despir de “pré-conceitos” e “conviver” com esta realidade que só precisa de um fator para se tornar mais leve: O amor!  Pense nisso e saiba mais em: http://www.aids.gov.br/

 André Lucas de Carvalho tem 26 anos é formado em História e cursa Licenciatura Plena em Filosofia pela Universidade Federal de Ouro Preto. Nasceu em Carmo da Cachoeira e sempre esteve envolvido em atividades relacionadas às artes.  Aventurou-se na escrita após a superação da Leucemia.