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Por Élison Santos.

O amor não tem cura! É uma doença grave que afeta boa parte da população mundial. Não é por acaso que cada vez mais pessoas estão preocupadas em evitar ao máximo qualquer possibilidade de contágio. Os sintomas do amor vão desde uma entrega de si mesmo para o outro até uma preocupação exagerada pela felicidade alheia. É muito comum que as pessoas afetadas pelo amor deixem de ser mesquinhas, egoístas e também invejosas.

Há relatos de pessoas que deixaram o alcoolismo e as drogas só porque amavam alguém. Relatos que geraram a preocupação de muitos setores da sociedade. Evitar ao máximo ouvir a voz do coração é uma das maneiras mais eficaz de manter-se longe deste grande mal que afeta principalmente crianças de todas as idades.

O amor faz com que as pessoas percam tempo no trabalho. Estudos indicam que pessoas que amam são mais propensas a cumprimentar alegremente os colegas de trabalho, enviar mensagens motivacionais e até deixar de fazer uma tarefa para consolar um colega que esteja sofrendo pela morte de um ente querido, uma doença ou um problema de relacionamento. Pessoas afetadas pelo amor tendem a ser mais solicitas e compreensíveis, os chefes que esperam uma atitude de pânico de seus colaboradores diante de discursos autoritários temem perder espaço nas grandes empresas.

Alguns setores tiveram mais sucesso para impedir o contágio do amor em seus membros. Na política, por exemplo, a pessoa que demonstrar qualquer tipo de preocupação com o bem comum, relativizando sua preocupação pelos interesses próprios, é imediatamente excluída e colocada em quarentena até que seu quadro se normalize e possa retornar às atividades.

Hoje, movimentos que promovem o individualismo têm sido a grande esperança para a extinção da doença. Há centenas de campanhas publicitárias, músicas e programas de TV que buscam ser o remédio para as pessoas que estão entorpecidas pelas consequências do amor. Embora a cura seja desconhecida, as tentativas são de, ao menos, minimizar os efeitos do amor até o ponto que ninguém se sinta na obrigação de fazer outra pessoa feliz. Se você quer ficar distante do amor, filie-se a estes movimentos, afinal de contas quem quer deixar de preocupar-se consigo mesmo para preocupar-se com a felicidade dos outros?

Élison Santos é Psicólogo Clínico, terapeuta de casal, membro da sociedade brasileira de logoterapia, especialista em Análise Existencial e Logoterapia pela PUC Curitiba. É idealizador do grupo de reflexão para mulheres "Compreendendo os homens". Palestrante, comentarista de TV e colunista do site aleteia.org.