12166322_1063833060316925_154980032_nPor Carolina Bueno Gomes.

A primeira pílula anticoncepcional foi criada em 1960 e de lá para cá, os métodos contraceptivos evoluíram muito. Existem vários tipos de formulações com doses hormonais muito baixas e hoje já existem as pílulas de uso contínuo. Essas pílulas são tomadas sem intervalos e com isso a mulher fica sem menstruar.

Agora você deve estar se perguntando: é seguro ficar sem menstruar? Mas, e aquele sangue todo, não tem que sair? Essa pílula é muito diferente das outras? Vai me fazer mal?

Vamos às respostas de todas essas questões!

Em primeiro lugar, vamos pensar no que é natural e para pensar nisso vamos em busca das nossas memórias, das nossas avós e bisavós. Nessa época, as mulheres não faziam uso de pílulas e quase emendavam uma gravidez atrás da outra, tendo sete, oito filhos. Dessa forma, elas quase não menstruavam.

Com o tempo, passamos a ter menos filhos por diversos motivos. Com isso, menstruamos todos os meses e acabamos “desapontando” o nosso corpo já que todo mês ele se prepara para uma gravidez que não ocorre. E aí vem o sangramento, a menstruação.

Mas e aí, vou ter um filho atrás do outro? Claro que não. Uma saída é proteger o útero de sangrar todo mês com o uso dos contraceptivos contínuos.

Como essas pílulas funcionam?

Igualzinho à pílula que você já está acostumada a tomar. O que faz você não menstruar é tomar sem a pausa normal dos outros anticoncepcionais.

 Tudo bem mas, e o sangue? Vai ficar dentro de mim?

Já que não vai ter a pausa, não haverá falta de hormônio, sem a falta de hormônio, não terá sangramento do útero. Portanto, não haverá sangue para sair.

O que essas pílulas têm de bom?

Além da conveniência de ficar sem menstruar também não haverá TPM e nem seus sintomas como cólicas, dor de cabeça e inchaço.

Além disso, elas evitam doenças importantes como a endometriose, câncer de endométrio e de ovário.

O que pode não ser tão legal?

Como nem tudo são flores, algumas mulheres podem ter pequenos sangramentos, como borra de café, até que o corpo se adapte a esse novo método. Isso pode durar meses.

O melhor é sempre conversar com o seu médico e decidir junto com ele qual o melhor método para você! Lembre-se que essa é uma escolha sempre individual e o que serve para sua amiga pode não ser o melhor para você.

Não esqueça ainda de que a pílula anticoncepcional protege apenas contra uma possível gravidez e que para ficar livre de doenças sexualmente transmissíveis temos que usar sempre a camisinha!

Carolina Bueno Gomes tem 33 anos. Cursa o 3º ano da Faculdade de Medicina da Universidade Metropolitana de Santos. É formada em biologia pela UNISANTOS. Trabalhou no laboratório de reprodução humana assistida no Centro de Referência da Saúde da Mulher. E ainda não saiu da fase dos porquês. Mãe de uma linda garotinha de 5 anos.