Por Élison Santos

 O amor é uma força vital, eu diria que é uma condição sinequanon para que a vida humana exista. Quando se ama e é amado tudo é possível, a mente se abre para as opções que a vida propõe, os olhos vêem além das limitações materiais, o mundo torna-se um lugar a conquistar e a vida um desafio saboroso de se enfrentar.

Poderia dizer que só se é humano, no significado pleno da palavra, quando o amor toca a realidade psíquica da pessoa. Talvez, em uma análise mais profunda, poderemos perceber que as doenças psíquicas são uma consequência primária ou secundária da falta de amor, seja do amor materno e paterno, seja do amor conjugal, seja da própria ausência de vontade de amar.

A cada dia me convenço mais e mais de que há dentro de cada um de nós uma tendência ao amor, assim como existe no sol uma força para iluminar tudo que está ao seu alcance.

Pesquisas em diversas áreas nos mostram que ao final da vida o que as pessoas mais sentem saudades são das pessoas a quem ajudaram, em última instância, as pessoas a quem amaram.

Quando construímos algo, seja um empreendimento material, seja uma carreira profissional, o que desejamos de fato é que nossa existência tenha sentido para as pessoas que nos rodeiam, queremos na verdade, marcar o sentido de nossas vidas na vida daqueles a quem amamos.

Ouso dizer que toda atitude essencialmente humana é uma atitude de amor. Quando se constrói e se desenvolve, busca-se amar e quando se destrói, se adoece e se marginaliza, busca-se, em última instância, ser amado.

Seja dando ou recebendo, seja agindo ou esperando, o fato é que a solução dos males que assolam a realidade humana está no amor.

O amor pode ser complexo e ter muitos significados para os diferentes povos da terra. Mas, amar é uma característica essencialmente humana e não há nada neste mundo que seja capaz de unir a humanidade quanto sua capacidade de amar.

Élison Santos é Psicólogo Clínico, terapeuta de casal, membro da sociedade brasileira de logoterapia, especialista em Análise Existencial e Logoterapia pela PUC Curitiba. É idealizador do grupo de reflexão para mulheres "Compreendendo os homens". Palestrante, comentarista de TV e colunista do site aleteia.org.