FotoPor Matheus Jordão David.

Olá novamente caros VIP! Hoje trago um texto tanto para os fãs de arquitetura, como também para os queridinhos da medicina. A ideia deste texto é tentar mudar a visão de vocês sobre o nosso espaço construído.

O projeto Maggie’s Centers é o legado deixado por Maggie Keswick Jencks, uma mulher em estado terminal de câncer que possuía a sensibilidade de saber que os ambientes, cujo tratamento contra o câncer seria realizado, poderiam ser drasticamente melhorados através de um bom projeto. Ao longo de dois anos de luta, Maggie frequentou lugares que (dito por ela) eram negligenciados e impensados, onde o paciente era “largado”.

“Não seria melhor se houvesse espaços privativos, banhados por luz, para se esperar pela próxima série de testes, ou onde se pudesse contemplar, em silêncio, os resultados? Se a arquitetura pode desmoralizar os pacientes – ‘contribuindo para um nervosismo extremo’, como observou Keswick Jencks – não poderia ela também se mostrar restauradora?”

 A concretização de seus ideais, conta com nomes de grandes arquitetos como Frank Gehry, Snøhetta e Zaha Hadid. A missão do Centro Maggie é proporcionar atendimento gratuito – através de uma boa arquitetura – para pessoas portadoras de câncer por todo o mundo. Hoje o instituto engloba 17 edifícios espalhados pelo globo. Citarei alguns:

1 . Maggie’s Edinburgh – 1996

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Primeiro centro a ser fundado, com a iniciativa de seu marido, após o falecimento de Maggie um ano antes do projeto ser concretizado.

2 . Maggie’s Dundee – 2003

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O terceiro centro foi projetado por seu amigo Frank Gehry, que como de costume, reviu várias vezes o projeto. O edifício ganhou o prêmio em 2004 pela Comissão de Belas Artes Reais.

 3 . Maggie’s Highlands – 2005

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Fruto da parceria de David Page (Park Architects) e do cofundador Charles Jenks (marido de Maggie). Com o design de David para o edifício e os diferentes níveis do jardim de Charles, o projeto ganhou em 2006 o prêmio RIAS Andrew Doolan.

4 . Maggie’s Fife – 2006

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O quinto centro foi projetado por Zaha Hadid no Hospital Vitória em Fife na Escócia no Reino Unido. E nas palavras da arquiteta “É uma grande honra criar um edifício que irá melhorar a experiência das pessoas que irão visitar o Maggie Center em Fife”.

5 . Nottingham Maggies – 2011

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Criado por Piers Gough (projeto) e Sir Paul Smith (interiores) em Nottingham no Reino Unido ao lado do Hospital da cidade. Segundo Gough o jogo de luzes que envolve o edifício junto à vegetação trará uma sensação de paz e aconchego aos pacientes do hospital.

 6 . Maggie’s Hong Kong – 2013

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Obra de Frank Gehry que de maneira ousada saiu do padrão chinês, mas manteve o seu “espírito” com a utilização de materiais referentes à região e espelhos d’água. “Espero não copiar nada da arquitetura chinesa, mas também quero respeita-los”. Paisagismo de Lili Jencks (filha dos fundadores).

 7 . Maggie’s Aberdeen – 2013

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Construído em Foresterhill em Aberdeen na Escócia é obra do estúdio Snøhetta que se inspirou em Oslo (casa de ópera). Com um design arriscado, o projeto conta com o concreto, como base para o exterior, e a madeira para o interior.

 8 . Maggie’s Manchester – 2016

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Inaugurado em Abril deste ano em Manchester no Reino Unido. O edifício de Foster+Partners conta com grande incidência da iluminação natural durante o dia. Seu interior simula o das residências da região. Desta forma o paciente se sente em casa, com jardins internos e externos, perfil baixo e estrutura de madeira.

Matheus Jordão David Silva tem 21 anos, cursa o 3° ano de Arquitetura e Urbanismo na UNISANTA em Santos (SP). Talentoso, gosta de desenhar, gosta de comer (experimentar coisas diferentes) e sair com os amigos. É sempre bem humorado e uma ótima companhia.