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Por Amanda Ribeiro.

O efeito sanfona é uma realidade enfrentada por muitas pessoas que geralmente passam anos fazendo dietas e se esforçando em atividades físicas, mas acabam perdendo peso e passado alguns dias ou semanas ganham a mesma quantidade que perderam ou, até mesmo, mais do que perderam.

Além de trazer inúmeros malefícios para o corpo, esse efeito traz graves consequências para o psicológico, pois reforça os pensamentos sabotadores, como “sou incapaz de fazer dietas”, “nunca conseguirei emagrecer”, “nenhuma dieta serve para mim” e, consequentemente, leva essas pessoas a buscarem métodos ditos como “milagrosos” que não tem como objetivo reeducar a alimentação e reprogramar o pensamento. O resultado não pode ser diferente, reforçar o efeito “sanfona”.

Pessoas que passam pelo efeito “sanfona” chegam ao consultório psicológico com baixa estima e muito desmotivadas a reiniciarem um processo de reeducação alimentar. Geralmente apresentam uma visão de futuro distorcida por não acreditarem ser possível emagrecer e mudar seus hábitos por tempo indeterminado.

Neste caso, além de aplicar outras técnicas, o psicólogo trabalhará para auxiliar na motivação constante do paciente, auxiliando-o no plano alimentar e diminuindo as chances de abandoná-lo.

O ponto fundamental para se manter motivado a seguir o plano alimentar é ter uma lista de motivos pelos quais gostaria de emagrecer e lê-la todos os dias. Esse exercício é uma forma de trazer para o concreto, o pensamento. E assim, deixar mais claro para o cérebro os motivos pelos quais gostaria de emagrecer e diminuir a possibilidade de recaídas diante de pensamentos sabotadores.

Para criar uma lista de motivos, é necessário escrever tudo aquilo que se objetiva com a dieta, desde as pequenas coisas até os resultados maiores.

Segue um exemplo de lista para colocar em prática:

  • Ficarei mais bonita;
  • Escolherei a roupa e não serei escolhida por aquela que me serve;
  • A minha pressão arterial irá se controlar;
  • Será mais fácil subir escadas;
  • Terei orgulho de mim mesma;
Amanda Ribeiro é Psicóloga Clínica e Terapeuta Cognitivo-Comportamental.