Por Máyra Jordão David.
Plena, ou seja, no ponto mais importante da minha vida.
Chego à metade do século, metade, meio…, mas chego inteira.
Cheia de histórias, vitórias, insucessos, aprendizados. Mais sensata e equilibrada.
Cheia de planos, sonhos e desejos a serem cumpridos, cultivados, alcançados. Nunca com sentimento de finitude.
Mas também “cheia” de gente amarga, azeda, que vê sempre o lado ruim das coisas e julga sem parar a tudo e a todos. “Cheia” de pessoas superficiais e inoportunas. “Cheia” de gente que quer ser o que não é e se julga melhor do que os outros.
Me sinto absoluta nas minhas vontades e posicionamentos e ao mesmo tempo disposta a mudar de ideia, lugar, profissão… as mudanças trazem o frescor da novidade e a excitação dos desafios.
Consigo ser intensa nos meus sofrimentos, sofro de verdade, profundamente quando eles vêm, mas também supero e viro a página em busca de momentos melhores e felizes que vivo intensamente da mesma forma.
Cultivo risadas, momentos doces e felizes. Busco o lado bom e prazeroso da vida, enxergo os detalhes.
Tenho mais conhecimento de mim mesma, conheço minhas potencialidades e minhas vulnerabilidades. Minhas limitações não me incomodam tanto, consigo rir das dificuldades e tenho jogo de cintura para supera-las.
Sou desatada de preconceitos, que muitas vezes me incomodaram tanto, sem nem mesmo saber ou entender porque existiam. Sentimentos que não eram meus, mas foram tomados emprestados e agora devidamente devolvidos.
Estou aberta a oportunidades, porém já experimentada e ralada pela vida a ponto de saber fazer melhores escolhas.
Não vivo mais a sombra dos meus medos, das minhas inseguranças. Não tenho mais tanta necessidade de certezas, me libertei de comparações idiotas e medíocres. Sou quem sou e amo isso.
No palco da minha vida, tenho que ser protagonista do meu espetáculo, independente da plateia, mesmo sem espectadores.
Viver é ousadia, ser quem somos também é e muitas vezes incomoda os que estão a nossa volta. Quero ser ousada e assumir todas as responsabilidades das minhas escolhas de forma mais leve.
Consigo ter minhas opiniões e guarda-las apenas pra mim. Manter a boca fechada, mesmo quando discordo e não me posicionar quando não me diz respeito foram grandes descobertas. Afinal, cada um tem a liberdade de achar e fazer o que quiser.
Sei que tudo posso, mas nem tudo me convém. Sou mais flexível, mas grata, mais verdadeira comigo mesma.
Chego aos 50 e preciso da minha totalidade, não da minha perfeição. Quero simplesmente ser feliz e a hora tem que ser AGORA!!!
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