Giovani Braz é comediante e conhecido no Brasil todo por sua atuação no Programa A Praça é Nossa, do SBT, e por suas apresentações teatrais. Mineiro de Carmo do Rio Claro, Giovani Braz procurou os grandes centros para tentar a sorte como artista e, hoje, colhe os frutos de sua perseverança. Giovani concedeu a entrevista ao site Saia Vip no dia 17 de outubro, no Teatro Capitólio, onde apresentou ao público o Bêbado Saideira, o Caixeiro do Riso e outros personagens. Confira abaixo a entrevista.
SV – Você sempre quis ser artista e comediante?
GB – Não, antes eu queria ser piloto de avião. (risos)
SV –Antes de enveredar pelo humor, você formou-se emDireito? Porque essa escolha?
GB – Para aprender a fazer errado (risos). Brincadeira, era uma opção que eu tinha em Poços de Caldas, pois eu trabalhava na OAB da cidade e gostava desse “meio de campo”.
SV – Você chegou a exercer essa profissão?
GB – Sim. Fui trabalhar em João Pessoa no Tribunal Regional do Trabalho. Fiquei seis meses lá, voltei e, nesse meio tempo,comecei a fazer alguns trabalhos para a televisão. Eu já era ator nessa época, mas não tinha visibilidade. O reconhecimento só veio depois da Praça é Nossa, só aí pude começar a viver da profissão de ator.
SV – Quem está de fora acha que sua trajetória foi rápida. Você concorda?
GB – Não foi nada, foi demorada. Só no programa da Praça é Nossa já estou há 12 anos, e eu já era comediante a três ou quatro anos antes.
SV – Sem dúvida, esse programa foi um divisor de águas em sua carreira. Como conseguiu um personagem na Praça é Nossa?
GB – Teve uma apresentação do Marcelo de Nóbrega em Poços de Caldas e eu fiz uma participação. Ele gostou e me convidou pra fazer um teste. Aí deu certo!
SV – Dentro de sua experiência no rádio, você já fez uma radionovela. Como foi?
GB – Foi uma participação quando eu estava começando em Poços de Caldas, tinha uma rádio gospel. Fizemos uma radionovela gospel para a região e para a igreja.
SV – E cinema? Você também fez um filme, certo?
GB – Foi uma participação rápida no filme de um amigo que faz cinema independente. Foi uma participação muito simples. Minha carreira foi mesmo fincada em teatro e televisão.
SV – É difícil fazer rir?
GB – Olha, não é tão fácil, porque estar em cima do palco fazendo as pessoas rirem tem todo um trabalho por trás. Muitos ensaios, criação de personagens, busca pelas piadas…
SV – Você se acha engraçado?
GB – Não. Eu me vejo toda quinta-feira, eu me assisto e falo: gente do céu!
SV – Então você é tímido?
GB – Para algumas coisas sou bem tímido, para muitas outras não. Há momentos em que eu fico achando que poderia ter feito melhor.
SV – Existe a cobrança do público para o comediante fazer graça o tempo inteiro?
GB – Tem sim. O comediante tem essa obrigação, pois onde ele chega as pessoas sempre esperam uma brincadeira dele. E,às vezes, eu esqueço disso, de fazer uma piadinha, então as pessoas acham que você está de mau humor.
SV – Tem uma pesquisa que mostra que as mulheres, quando avaliam as qualidades dos homens, julgam que a segunda maior é o bom humor. O que acha disso?
GB – A primeira é o dinheiro?!(risos)
SV – Não, claro que não. É a inteligência, homem tem que ser inteligente. Mas também bem-humorado. Você acha que o humorista leva vantagem nisso ou não faz a menor diferença?
GB – Eu não sei, acho que todo mundo gosta do bom humor. Ser mal humorado não tem graça nenhuma, literalmente falando. E o bom humor deixa a vida mais leve.Mas, no caso de um comediante, ele não é obrigatoriamente bem humorado, ele é um profissional do humor.
SV – Quais são seus planos para o futuro em relação a sua carreira?
GB – Tenho muitos planos, mas a ideia é manter-me no teatro e na televisão, aproveitar que meu nome e meus personagens já são conhecidos.
SV – Você tem vontade de ter um programa somente seu na televisão?
GB – Eu já tive mais vontade. Hoje, com o conhecimento que tenho da televisão, eu vejo que um programa único com uma só pessoa, está entrando no desuso. Se não for um programa com bastante conteúdo, o programa não fica no ar.
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