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Por Màyra Jordão David.

Dirigido por Victor Lopes, o documentário conta a trajetória de vida do sociólogo Herbert de Souza e estreou no dia 3 de novembro em comemoração aos 80 anos de Betinho, se ele estivesse vivo.

 O longa recebeu o Troféu Redentor, pois foi escolhido pelo júri popular como o melhor documentário do último festival do Rio.

Emocionante e verdadeiro mostra a luta de Betinho que mobilizou-se contra a ditadura, foi exilado no Chile em 1971 após o golpe militar de 1964, morou no Canadá e no México. Voltou ao Brasil anistiado em 1979 e deu início a uma nova batalha para criar a Ação da Cidadania Contra a Fome, a Miséria e pela Vida.

 Betinho foi um homem frágil fisicamente, era hemofílico e em consequência das diversas transfusões de sangue exigidas pela doença adquiriu Aids, morrendo em 1997.  Possuía uma alma forte e determinada, ele acreditava que as mudanças deveriam ser provenientes da sociedade, e que essa deveria servir de exemplo para as ações governamentais. Sua crença era na força e determinação individual, se as pessoas fizessem cada uma a sua parte, no conjunto muito poderia ser feito.

 Pode-se considerar que Betinho foi um grande influenciador das políticas sociais contemporâneas.

 Vale a pena assistir. O documentário revela os sentimentos nobres que estão muitas vezes escondidos no coração de cada um de nós. Que vários “Betinhos” possam influenciar nossos jovens pra que juntos possamos construir um mundo melhor.

Máyra Jordão David Silva é publicitária, professora universitária, empresária, dona de casa, mãe, esposa.... adora cinema, viagens, um bom bate papo com as amigas e uma boa leitura.