Por Dra. Karla Mangiapelo Reis e Dr. Francisco Abreu B. Barros
A toxina botulínica ou proteína botulínica é uma neurotoxina de origem bacteriana de alta especificidade, cuja administração é extremamente segura, se respeitadas as suas indicações e protocolos.
Justamente pela sua atuação na diminuição da tensão muscular, ela pode ser utilizada para diversas finalidades na odontologia, como é o caso do controle do bruxismo, uma situação que se caracteriza pelo “apertamento” ou ranger de dentes durante o sono e/ou em vigília e que, de acordo com as estatísticas, acomete cerca de 40% da população mundial.
A explicação é simples: quando injetada num dos músculos da face, a tensão diminui, de maneira que não há força o suficiente para provocar o atrito entre os dentes, causando o desgaste ou a fadiga dos músculos da mastigação, uma das situações responsáveis pelas dores orofaciais.
A excelente vantagem em relação ao tratamento tradicional é que, diferentemente das placas noturnas, que podem gerar desconforto ao descanso do paciente, a toxina não causa incômodo. Além disso, a substância também pode ser aplicada no controle das próprias dores de cabeça secundárias ao bruxismo.
Os benefícios da toxina botulínica na Odontologia se estendem, ainda, a outros tratamentos corretivos, como:
Pode ser empregada também nos tratamentos preventivos, como em casos de implantes de carga imediata e reabilitações estéticas, entre outras possibilidades.
Na Odontologia, a toxina botulínica foi devidamente regulamentada para uso pela Resolução 112/11 do Conselho Federal de Odontologia – CFO – desde setembro de 2011.
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