Por Karla Mangiapelo Reis e Francisco B. Abreu Barros.

Estomatite Aftosa Recorrente, também conhecida como Afta,  consiste em uma condição comum da cavidade oral, que ocorre de forma simples ou múltipla e pode variar de tamanho. Possui diversas causas, sendo elas, alergias, predisposição genética, deficiências nutricionais, anormalidades dermatológicas, influências hormonais, agentes infecciosos, traumas (mordidas) e estresse.

A história médica deve ser revista a fim de identificar sinais e sintomas de qualquer doença sistêmica que possa estar associada com ulcerações semelhantes a aftas.

Ainda não existe um tratamento preciso para sua cura, e todas as formas de tratamento são voltadas para o alívio dos sintomas e cicatrização das úlceras.

Os medicamentos usados reduzem a dor e a frequência de aparecimento das lesões e podem ser administrados de forma tópica ou sistêmica, além das formas alternativas de tratamento como aplicação do laser de baixa potência com profissionais qualificados. Se houver muita dor ou dificuldade para deglutir, pode-se recorrer a tratamentos sintomáticos, como: bochechos com medicamentos anti-inflamatórios e analgésicos, assim como à aplicação de pomadas para uso oral (ORABASE) com analgésicos. Em casos mais graves, pode ser necessário o uso de anti-inflamatórios sistêmicos (como CORTICOIDES) ou medicamentos para reduzir acidez estomacal.

Durante a recuperação, algumas medidas simples podem ajudar. Entre elas destacam-se:

– Evitar alimentos ácidos ou muito condimentados (eles são irritantes);

– Abusar de alimentos alcalinos (ex: Mamão);

– Escovar os dentes suavemente.

– Usar gelo deixando derreter na boca como forma de aliviar a irritação.

Deve-se procurar um profissional caso as aftas sejam muito grandes, o aparecimento delas for frequente, se durarem um período maior que três semanas e se surgirem nos lábios.