Ela realmente existiu, era uma menina de família que largou tudo para se aventurar na prostituição na década de 50 e tudo aconteceu mesmo em Belo Horizonte. Mas além disso, houve uma glamurização por parte do autor do livro que inspirou a minissérie. O autor era o mineiro Roberto Drummond e, de acordo com seu amigo, o jornalista José Maria Rabelo, que conheceu Hilda pessoalmente e no auge da fama, ela era até uma moça comum. De acordo com ele, Roberto transformou-a em um mito que perdurará por anos no imaginário popular.
O jornal Estado de Minas publicou uma matéria em agosto de 2014 falando do paradeiro e o Fantástico foi atrás para encontrar Hilda em um asilo em Buenos Aires. A repórter Carla Vilhena a entrevistou, pouco antes de sua morte. Uma entrevista em que ela não quis falar muito sobre a vida em Belo Horizonte, falou mesmo foi do marido que disse ser o único e grande amor da sua vida.
O marido era o jogador de futebol, Paulo Valetim, ídolo do Boca Júnior, por quem Hilda largou a prostituição. História comum, a bebida e o jogo levaram Paulo à decadência e ele perdeu tudo. Morreu em 1984 e nunca mais Hilda teve outra relação. Durante a entrevista, disse à repórter que não tinha mais beleza e a repórter perguntou:
– A senhora tem saudade da beleza que tinha?
– Não. Não tenho. Tenho saudade só dele.
Hilda morreu em 29 de dezembro de 2014, um dia antes de completar 84 anos. Morreu no Lar de Idosos Guillero Rawson e teve o enterro custeado pela prefeitura, já que morreu pobre e sem familiares por perto.
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