Por Vicky Bloch.

Diante dos cenários de transformações com que nos defrontamos todos os dias, percebemos uma insegurança de quem trabalha nas organizações convencionais.

Sem ter clareza de como será o futuro, fica premente a busca por um líder coach. Todo bom chefe deve agir como um educador, um articulador de soluções, para inserir suas equipes em um processo intenso de troca e de busca por aliados para realizar seu trabalho.

Isso não se aprende de um dia para outro. Por esse motivo, o olhar de RH sobre o tema requer esforço e deve ser constante. Treinamentos curtos e específicos ajudam na reflexão, mas o domínio da ferramenta por si só não transforma ninguém em um chefe melhor.

Os líderes coach precisam ter a consciência de que seu impacto sobre o outro pode revelar um potencial ou ser devastador.Cabe aos RHs mostrar a esses executivos que um time motivado e de alto desempenho não vai ofusca-los, mas provar sua capacidade de liderança.

Um estudo da Gartner indica que existem quatro perfis de líderes coach. Os pesquisadores chegaram a essa conclusão após entrevistar 7.300 funcionários e gestores, falar com mais de 100 executivos de RH e analisar 90 variáveis.

O primeiro perfil é o dos “gestores professores”, aqueles que instruem os subordinados com base no próprio conhecimento, oferecendo feedbacks com orientações e norteando pessoalmente o desenvolvimento do time.

O segundo é o dos “gestores incessantes”, que encaram essa tarefa como parte da rotina e oferecem coaching de forma contínua, acompanhando de perto o avanço de seus profissionais.

Já os “articuladores” terceiro perfil, são os que dão feedback em suas áreas de expertise e conectam os liderados a outros membros da companhia que eles consideram mais preparados para ensinar determinadas capacidades.

Em quarto ficam os “gestores motivadores” aqueles que estão sempre disponíveis, mas fazem poucas intervenções nas abordagens, preferindo dar feedbacks positivos e encorajar os empregados a ser responsáveis pelo próprio aprimoramento.

Uma das conclusões do estudo é que os gestores incessantes mais prejudicam do que ajudam. Dar feedback de forma exagerada pode ser insuportável para quem o recebe.

A categoria ideal, segundo a Gartner, é a dos gestores articuladores, cujos empregados são três vezes mais propensos a ter um ótimo desempenho em comparação com os demais.

Ainda pecamos em não organizar essas reflexões em programas de educação de líderes. Está aí um desafio para 2019.