12240050_552835868199622_4125336296089670852_nPor Mayke Moraes.

O que é viajar pela Índia? Cidades completamente lotadas, poluídas, literalmente atingidas pela pobreza. As cidades são tão quentes que você acha que seu cérebro irá derreter.

Você nunca consegue obter um conselho certo, direções, valores e você ainda tem que prestar atenção a cada coisa que você coloca em sua boca, e certifique-se de que sua boca esteja bem fechada no chuveiro. Beba água somente de garrafa lacrada.

O trem sempre atrasa, o carro quase sempre quebra, o motorista não te escuta, suas roupas ficarão sempre empoeiradas não importa o quanto você lave.

Você vê o mesmo hotel ou guest-house pela metade do preço meia hora depois de ter feito sua reserva.

A criança magra, pelada, virando cambalhotas em meio a sujeira quebra o seu coração, e a visão de uma velha carregando uma cesta de tijolos na cabeça no calor do dia te enche de angústia.

Aquele momento em que você acorda de manhã, no seu quartinho simples e os raios de sol amarelos da Índia penetram através da janela e você mesmo com o barulho do ventilador de teto ligado consegue ouvir o vendedor de rua anunciando suas mercadorias em hindi.

Quando você caminha pelas ruas mergulhando nos bazares de uma vida sem censura e em todas as cores e cheiros. Urina, esterco de vaca, incensos e perfumes.

Quando você se entrega de coração a uma cultura tão exótica, ou em outras palavras, quando você permite que a Índia entre em sua vida, ela pode nunca mais sair.

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(Todas as fotos inseridas no texto, inclusive a foto principal da matéria: Hindu se banhando no rio Ganges durante o nascer do sol foi tirada pela equipe do Blog 1000 destinos antes de morrer (Vitor e Mayke) durante uma mochilada na cidade de Varanasi, INDIA  em 2014.

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Mayke Moraes é brasileiro, mineiro, solteiro, flamenguista e apaixonado por viagens, desde que se entende por gente. Fissurado em comidas bizarras, exóticas e nojentas para alguns. Sem apegos materiais e emocionais, carrega consigo, além da mochila um único sonho, o de visitar e explorar 100 nações. Mora fora do Brasil desde 2008, tem uma vida nômade, onde graças a muito suor e diferentes trabalhos continua realizando seu grande sonho de explorar o globo, já tendo visitado e explorado 54 países e centenas de cidades, sempre com pouco dinheiro e muita vontade, inspirando e motivando aqueles que erroneamente acreditam que é preciso ser rico para viajar o mundo.