Por Mário Quintana.

“Aos 3 anos: Ela olha pra si mesma e vê uma rainha.

Aos 8 anos: Ela olha pra si e vê Cinderela.

Aos 15 anos: Ela olha pra si mesma, vê uma bruxa e diz: ‘Mãe, eu não posso ir pra escola deste jeito!’

Aos 20 anos: Ela olha pra si mesma e se vê muito gorda, muito magra, muito alta, muito baixa, muito liso, muito encaracolado, decide sair, mas vai sofrendo.

Aos 30 anos: Ela olha pra si mesma e se vê muito gorda, muito magra, muito alta, muito baixa, muito liso, muito encaracolado, mas decide que agora não tem tempo pra consertar; então vai sair assim mesmo.

Aos 40 anos: Ela olha pra si mesma e se vê muito gorda, muito magra, muito alta, muito baixa, muito liso, muito encaracolado, mas diz: pelo menos eu sou uma boa pessoa, e sai mesmo assim.

Aos 50 anos: Ela olha pra si mesma e se vê como é. Sai e vai pra onde ela bem entender.

Aos 60 anos: Ela se olha e lembra de todas as pessoas que não podem mais se olhar no espelho. Sai de casa e conquista o mundo.

Aos 70 anos: Ela olha pra si mesma e vê sabedoria, risos, habilidades. Sai para o mundo e aproveita a vida.

Aos 80 anos: Ela não se incomoda mais em se olhar.

Põe simplesmente um chapéu violeta e vai se divertir com o mundo.

Talvez devêssemos pôr aquele chapéu violeta mais cedo!”