Por Jennifer Delgado.
Ser mãe é um trabalho em tempo integral, 24 horas por dia, 365 dias por ano. A isto se acrescenta que muitas mulheres também trabalham e realizam a maior parte das tarefas domésticas. Em muitas ocasiões, assim que acabam de limpar a casa e colocar tudo em ordem, descobrem que já está tudo sujo e bagunçado novamente, o que cria um intenso sentimento de frustração e impotência que as faz questionar o sentido e o valor do que elas estão fazendo.
Este problema ganhou ainda mais força nos últimos tempos, como muitas mulheres também sentem a necessidade de ser mães perfeitas, acompanhar os seus filhos nas atividades extracurriculares e, com esse esforço extra, evitar todos os tipos de problemas. Este estilo de parentalidade, chamado de hiperpaternidade, acelera ainda mais o processo de exaustão e aumenta o estresse. Na verdade, tudo leva a crer que as mães superprotetoras correm mais risco de desenvolver distúrbios emocionais, como depressão.
Além disso, a síndrome de burnout se alimenta da sensação da falta de controle compartilhada por muitas mães. Elas gostariam de proteger seus filhos, mas se percebem muitas vezes inseridas em situações de impotência. Essa sensação de incerteza e imprevisibilidade acaba sendo muito desgastante a partir do ponto de vista emocional.
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